Vivemos em tempos frenéticos, um mundo de consumo e opções,
de incertezas, um mundo líquido, onde nada é duradouro e quase
tudo é descartável. Este é o conceito da “Modernidade Líquida”,
desenvolvido por Zygmunt Bauman, sociólogo e um dos
intelectuais mais respeitados da atualidade.
Somos uma sociedade permanentemente com pressa e conectada,
com um número irreal de amigos e seguidores, que expõe
gratuitamente a vida nas redes sociais, uma sociedade que cada vez
mais ignora a noção de intimidade, que compartilha o almoço, que
faz check in por onde passa, opina sem responsabilidade sobre
tudo e todos e não tem permissão para não parecer feliz.
Na liquidez que Bauman identifica em seus livros, não há lugar
para planos de longo prazo, relações duradouras, laços profundos
de amizade... o sexo é quase sempre consequência da satisfação
instintiva individual e até o caráter se deixa escorrer pelas mãos,
como a água.
Precisamos de satisfação imediata e isso nos fragiliza
muito, na esfera do trabalho e em nossas relações em geral.
Reflita sobre quais são os valores líquidos que você tem cultivado.
A escolha de se entregar para a vida e para as relações, é somente
sua. A escolha de se manter na cultura do descartável e
substituível, também.
Assim como Bauman, não acredito que exista apenas uma forma
de ser feliz. Há muitas formas de ser feliz, mas nenhuma delas nos
abstém de fazer a nossa parte.
Até a próxima!
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